por Julia Francisca
O zodíaco é este círculo de fora. Neste caso, os signos estão coloridos para identificar os elementos: fogo-vermelho, terra-verde, ar-amarelo, água-azul. A sequência do zodíaco é sempre a mesma, a sequência dos elementos também e olhamos o zodíaco no sentido anti-horário.
Os planetas são as figuras dentro deste mapa, a Lua é o mais fácil de identificar (os planetas na Astrologia não necessariamente são planetas para a Astronomia, como o Sol que é uma estrela e a Lua que é um satélite).
Podemos pensar no mapa como uma paisagem ou uma ágora onde diferentes personagens e atores irão dialogar. Os planetas são esses personagens, como forças psíquicas que atuam em nós. Todas as pessoas têm os mesmos planetas no mapa – Sol, Lua, Marte, Vênus, etc. – mas eles se deslocam e se localizam em signos diferentes em cada mapa.
Os signos são como as cores que estes personagens vão vestir, como se eles pintassem aquele planeta com suas histórias, questões e imagens. Por isso dizemos que o Sol está em Peixes, a Lua está em Virgem, Vênus está em Aquário… Temos uma terra que se condensa, um fogo de brasa, um vento que sopra, uma nascente de rio… Cada signo tem um elemento, uma luminosidade, um movimento, uma intensidade e uma velocidade.
Dependendo de onde esses planetas se encontram na paisagem eles podem conversar entre si. As linhas vermelhas e azuis dentro do mapa representam essas conversas e a intensidade delas: as conversas vermelhas vibram mais, as azuis vibram menos. Isso é o que chamamos de aspectos: a Lua está em aspecto com Netuno, o Sol está em aspecto com Saturno…
As doze casas são essas “fatias de pizza” dentro do mapa. São os cenários dentro desta paisagem, campos de atuação dos planetas e dos signos. O Ascendente é um dos pontos no horizonte dessa paisagem, um marco que define a primeira casa. O signo que ele cruza mostra por onde o mapa começa a nascer.
Isto é o que dá a complexidade de cada mapa: em que lugar os planetas estão, em que signos eles estão e com quem eles estão dialogando. Que fique claro então que ninguém é apenas um signo, até porque signos não são pessoas, são apenas um recurso para acompanhar os movimentos e intensidades que nos atravessam.
Não existe equação ou fórmula para essa leitura, há que se partir da escuta, do diálogo, do que fizer sentido, daquilo que se abre no encontro.